Insolvências:
- No primeiro trimestre de 2020, registaram-se 658 insolvências em Portugal, mais 4% do que no período homólogo
- As empresas insolventes representam volume de negócios superior a 295 milhões de euros
- A maioria dos casos de insolvência refere-se microempresas (65%).
- A maioria dos casos de insolvência por sectores de actividade:
- sector dos serviços (21%)
- sector do retalho (15,3%)
- sector da construção (14,9%)
- A categoria de Empresário em Nome Individual (ENI) representou 14% do número total de insolvências
- As insolvências registadas representam a perda de mais de 5.100 postos de trabalho, e cerca de 87 milhões de euros de créditos a fornecedores que ficaram por regularizar
- Os resultados de Insolvência por distribuição geográfica:
- Porto 23,4%, contra 28,5% no primeiro trimestre de 2019)
- Lisboa 18,5%, contra 18,1%)
- distrito de Braga 13,4%, contra 12,2%.
- Os distritos de Beja, Portalegre e Évora continuaram a registar o menor número de insolvências
Novas empresas:
- No primeiro trimestre de 2020, foram constituídas menos 25% novas empresas (11 939) do que no primeiro trimestre de 2019:
- Setores:
- Serviços (2.976 empresas),
- Construção (1.398) e
- Retalho (1.366).
- Distritos onde se registaram um maior número de novas empresas.
- Lisboa (3.931 empresas)
- Porto (2.201)
- Setúbal (896)
- Braga (874)
- Setores:
Processo Especial de Revitalização:
- os pedidos de Processo Especial de Revitalização (PER) diminuíram 20% neste primeiro trimestre.
- 40% foram solicitados por micro ou pequenas empresas.
- setores que registaram o maior número de pedidos de acesso a este mecanismo, 1º Serviços, 2º Alimentação e 3º Construção.
Impactos económicos
Aumento de 14% das insolvências em todo o mundo, se já se antecipava uma desaceleração económica internacional, embora no atual contexto de bloqueio da economia poderá levar à falência cerca de 7% das PME e midcaps da Zona Euro – cerca de 13 mil negócios.
Neste âmbito, 10% do total de empresas em risco estão em França, perto de 9% na Alemanha, 8% na Bélgica, 6% em Espanha e 5% em Itália.
Estima-se que as insolvências vão aumentar principalmente em Itália (+18%), Espanha (+ 17%) e Holanda (+ 21%).
A Alemanha (+ 7%), a França (+ 8%) e a Bélgica (+ 8%) também deverão registar um aumento maior de insolvências do que o previsto antes da pandemia.
Os setores que correm maior risco são a construção, o setor agroalimentar e o dos serviços.
Consequentemente, esta pausa na atividade económica coloca 65 milhões de empregos em risco ou a precisarem de apoio dos Governos.
Os economistas apontam que a taxa de desemprego na Zona Euro seja pouco mais de 8%. Isto significa que poderá haver uma perda de até 1,5 milhões de postos de trabalho nos próximos 12 meses, particularmente os trabalhadores independentes ou com contratos temporários.
Fonte: www.cosec.pt 15.04.2020